Diário de Imerção I com Sheila Ribeiro- ESTRATÉGIAS DE SEDUÇÃO PERSONALIZADAS

Atenção: O diário que segue faz parte de uma série relativa à primeira imersão para construção do espetáculo Simpatia Full Time. Como os demais, ele é de minha autoria (Dayana Zdebsky). Embora essa série de diários tente conter as inúmeras vozes e diferentes perspectivas dos sujeitos do projeto a que se refere contém, como todo registro, visões parciais das mesmas. As palavras, idéias e posicionamentos remetidos a terceiros (ou mesmos os meus) são, nada mais e nada menos, que minha compreensão e interpretação dos mesmos, sempre datadas, momentâneas e por vezes fugazes. Como é uma produção massiva e “full-time”, peço de antemão desculpas pelos erros de português, frases mal construídas e informações fragmentadas.

(fase 1)

Exercícios realizados a partir da proposta da Sheila de cada uma elaborar uma estratégia de sedução para as demais. Ao nosso critério, poderiam ser utilizados objetos de conquista ou não. Embora soubéssemos que a ação estava para acontecer há uns dois dias (e inclusive que poderiam que incluir fora de ações de improvisação – um trauma como atriz – e por fim acabar me confortando em fazê-las), ganhamos mais uma horinha para prepará-las. As minhas, por exemplo, que já estavam boladas, acabaram por se transformar. Começamos pelas ações para mim:
De Cândida para Dayana
– Cândida me entregou algumas cartinhas com instruções, que eu (segundo o primeiro envelope), deveria abrir uma por vez. Tratei de executar as ações que ela sugeriu ao pé da letra (vide imagem). As meninas pegaram outro táxi para acompanhar a ação. - me dirigi à tenda árabe. - comprei um doce árabe. - voltei para o teatro. Cheguei com um minuto de atraso. Nenhuma das meninas estava lá (o que me gerou uma certa frustração no sentido de que eu não tinha ninguém para partilhar aquele momento). Abandonei a carta e o doce e fui checar meus e-mails. As meninas chegaram uns 10 minutos depois. De Sheila para Dayana – Me mostrou um vídeo no you toube. [pegar o link] De Stéphany para Dayana – Se despiu, pegou uma cadeira, um violão e cantou. De Giorgia para Dayana - Giorgia trouxe um punhado de soldadinhos coloridos de plástico (à lá forte apache) e pequenas bonequinhas nuas (aquelas de mais ou menos uma polegada). E chamou todas para a brincadeira. Fomos organizando e reorganizando os seres no chão. Os reorganizávamos o tempo todo em função da organização das demais. Sté construiu um “palco” de tributo ao Maicon e o negócio virou um espetáculo que contou, inclusive, com efeitos especiais na platéia. Fiz algumas imagens.




Ações para Giorgia:
De Dayana para Giorgia: Levei um Nutella falsificado e a máquina fotográfica do Leco. Entreguei os dois à Giorgia. Fotografamos, nos fotografamos e nos lambuzamos.



De Cândida para Giorgia: Cândida fez linhas com uma fita crepe no chão, como uma espécie de quadra, um retângulo dividido ao meio. Colocou Gi em uma metade, tirou a roupa (ficou apenas de calcinha) e se posicionou na outra metade de frente para a Gi. Começou a, lentamente, prender seus cabelos com inúmeros grampinhos. Depois começou a fazer movimentos sutis com a boca.
De Stéphany para Giorgia: aproveitando o espaço que Cândida tinha delimitado para Giorgia, Sté se despiu, pegou o violão, sentou na frente da Gi (no lugar onde Cândida estava anteriormente) e mandou ver mais uma música.


(Fase dois – no hotel)

De Sheila para Giorgia:
Sheila se despiu (mas ficou com um sapato), pegou uma gilete e nos convidou para ir ao banheiro. Colocou Gi na função de ascender e apagar as luzes, tendo como referência aquelas luzes de festa (estroboscópicas?). Ligou o chuveiro, ficou com metade do corpo na água e metade fora e começou a passar levemente a gilete sobre seus pelos pubianos.

Ações para a Sté agora.
De Giorgia para Stéphany:
Gi entregou a Sté uma tatuagem de vermes (aquelas que colocamos com água), um óculos de plástico amarelo e uma dentadura de vampiro e disse e propôs que elas fizessem um ensaio fotográfico em homenagem ao Michael. Sté se despiu, colocou a tatuagem no peito, colocou os dentes, o óculos e escreveu “you are not alone” na barriga. Cândida ajudou Sté a se arrumar. Giorgia pegou a máquina do Leco e Sté pousou para ela.


De Cândida para Stéphany: Cândida colocou uma música para Stéphany ouvir no i-pod. Sté caiu no choro.... [ver música com a Cândida]
De Dayana para Stéphany:
Peguei um álbum de fotografias minhas de infância, uma música do Jordy (Alison), coloquei para Sté ouvir no computador (com um fone, partilhada comigo) enquanto folheávamos o álbum e comíamos paçoca. As meninas se aproximaram para ver o álbum e comeram paçoca tbm.
De Sheila para Stéphany:
Sheila pegou uma cena de um filme (acho que espanhol) água com açúcar, super melodramática, amor-romântico total. Vestida de maiô, meia listrada colorida e bota, com o computador na mão, perguntou se a Sté queria ser o homem ou a mulher. Sté escolheu o homem. Ambas saíram andando pela sala performatizando/dublando a cena do filme.

Ações para Sheila.
De Stéphany para Sheila
: Stéphany pegou o violão, tirou a roupa, sentou na frente da Sheila e mandou ver outra música.
De Cândida para a Sheila
: Cândida vestiu o maiô de miss da Gi (Sheila ainda estava de maiô), abriu o terceiro envelope (que tinha a carta que escrevi durante a ação dela para mim), leu a carta, entregou o doce que comprei para a Sheila e a abraçou.
De Dayana para a Sheila:
vesti um vestido meu com referências orientais. Fui até Sheila e entreguei à ela um livro com o título arte erótica. Virei de costas e pedi que ela abrisse meu vestido. Tirei o vestido e fiz uma aça ode abrir e fechar o sutiã sem usar as mãos. Coloquei novamente o vestido, pedi que Sheila o fechasse e tomei novamente o livro.
De Giorgia para Sheila: Giorgia fez oito envelopes divididos em duas “categorias”. Pediu que escolhêssemos um de cada. Um continha imagens ou fragmentos destas e o outro adjetivos. No chão haviam 4 cartazes escritos “escritório”, “rua”, “´´praia” e o quarto não lembro o que era. Giorgia pediu que nos posicionássemos sobre um dos cartazes, que abríssemos os envelopes e fizéssemos ações envolvendo a palavra, a imagem e o contexto sobre o qual estávamos.

Ações para Cândida.

De Sheila para Cândida:
Sheila pegou uma coleirinha de cachorro rosa que comprou e a colocou como uma coroa na cabeça de Cândida. Na frente dela abriu uma sombrinha cor de rosa e deitou atrás da mesma. Então pediu que Cândida “dirigisse seus movimentos”. Sheila se movimentava segundo cada “ordem” dada, mas sempre escapando das interpretações óbvias das mesmas, o que levava Cândida a repetir as palavras de ordem ou a transformá-las.
De Giorgia para Cândida: Giorgia pegou um kit manicure, que incluía revistas, e se propôs a pintar as unhas do pé da Cândida. Cândida escolheu o esmalte azul e rolou entre todas um bate-papo informal à lá salão de beleza.


De Dayana para Cândida: Fui até Cândida, espalhei a seu alcance uma série de objetos como um vibrador, esmaltes, maquiagem e uma tesoura. Me afastei e voltei caminhando em sua direção tirando cada uma das peças de roupa que vestia. Já nua, parei na sua frente, próxima aos objetos e disse que estava pronta, que ela já podia começar. Cândida optou por me deixar na frente de uma parede branca e pedir para Stéphany me fotografar.
De Stéphany para Cândida: Sté pegou o pandeiro que, se não me engano, Cândida trouxe de casa. Se despiu, cantou e dançou tocando pandeiro.

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