Sujeitos: Cândida Monte, Dayana Zdebsky, Giorgia Conceição e Stéphany Mattanó.
Enfim Sheila Ribeiro chegou. Rápida no gatilho no que diz respeito as suas compreensões da estrutura da conjuntura a semana promete. Em um jantar - e mais algumas passeadas pela cidade - deflagrou coisas como o fato do SFT ter trabalhado muito até então no plano das idéias e com uma pegada psicologista. Partilhamos aqui o mesmo posicionamento: precisamos agir. As idéias podem ser motes, desculpas, nas palavras de Sheila, “estopins para as ações”.
Outra questão levantada que me parece fundamental e que está relacionada à primeira: experimentar e descobrir diferentes caminhos para a criação artística. Tenho por mim que inflexibilidades quanto aos modos de produção artística, o levar muito a sério paradigmas metodológicos/criativos vêm freando o projeto até então. Nestes sentidos a presença da Sheila me “conforta”: seja lá como for, ela tem capital artístico e intelectual para acionar certas chaves para lá de necessárias. De certa forma, como já comentado em outros encontros/interlocuções, uma certa “direção” e, em alguma medida, “autoridade” (em sentidos estritos que não consigo especificar no momento) me parece que, agora, pode ter feito falta para as meninas.
Acho também que tenho muito a aprender com ela no sentido de como se portar e transmitir certos recados de maneira direta e sem agressividade. Meu jeito de ser direta foi inúmeras vezes tomado como algo agressivo, e penso que talvez o tenha sido de fato...
Dentre conversas sobre belezas e feiúras, auto-imagens imaginadas, lipoaspirações confessadas, gravidez, sexualidade, bebês de provetas e segregações em certas danças graças ao peso de certos corpos, Sheila deflagrou a primeira palavra estopim (irritante e grande questão): “gordura/banha”.
Dentre outros assuntos de nosso jantar estiveram a sociedade vigilante curitibana (com seu modo específico de vigilância, uma vez que todas sociedades exercem algum tipo de vigilância, seja ela explícita ou não) e padrões locais de beleza (toda sociedade tem o seu padrão).
Por fim Sheila pediu que as meninas levassem objetos (se não me engano relativos a construções corporais) para o trabalho de segunda. E também sugeriu perguntas relacionadas aos pra quês e não (apenas?) por quês.
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