Diários Imersão I com Sheila Ribeiro - A STÉPHANY ESTÁ GRÁVIDA

Atenção: O diário que segue faz parte de uma série relativa à primeira imersão para construção do espetáculo Simpatia Full Time. Como os demais, ele é de minha autoria (Dayana Zdebsky). Embora essa série de diários tente conter as inúmeras vozes e diferentes perspectivas dos sujeitos do projeto a que se refere contem, como todo registro, visões parciais das mesmas. As palavras, idéias e posicionamentos remetidos a terceiros (ou mesmos os meus) são, nada mais e nada menos, que minha compreensão e interpretação dos mesmos, sempre datadas, momentâneas e por vezes fugazes. Como é uma produção massiva e “full-time”, peço de antemão desculpas pelos erros de português, frases mal construídas e informações fragmentadas.


Hoje as coisas se desenrolaram de outra forma. Tínhamos programado nos encontrar pela manhã para fazer yoga, mas Sheila não foi pq estava com inúmeras questões simpáticas na cabeça e a Gi não foi não lembro bem o pq. Apareceram Cândida e Sté (um pouco atrasada). Como eu tinha alguns diários para atualizar, optei por uma demandada estratégica básica. Nos encontramos duas e pouco da tarde no teatro Odelair Rodriguez. Estavam lá todas menos Sté, que me ligou um pouco antes do povo chegar dizendo que estava stressada, cansada que queria ir, mas não estava bem. Passei o recado para as demais meninas. Giorgia sugeriu que buscássemos a Sté e eu concordei. Sheila incentivou a iniciativa e Cândida endossou a decisão coletiva. No caminho as meninas foram tentando entender a escolha da Sté de ir para o trabalho e o fato dela ter ligado para mim e não para elas. Chegamos, sentamos e conversamos. Depois de uns 40 minutos de conversas quentes e intensas voltamos para o teatro. Fomos todas, inclusive a Sheila, para uma padoca e levantamos algumas questões que penso serem centrais:
- Todas explanaram algo sobre sua expectativa (ou ausência da mesma) na presença da Sheila nesta semana, bem como o lugar assumido e “dado” a ela dentro do projeto. Coletivamente, a grande questão é que, de alguma forma, as meninas desejavam sua presença por ela ser uma referência dentro da dança e esta presença e as trocas decorrentes dela, seja através de conversas, ações estéticas ou refeições era, em última instância, o esperado. Particularmente penso que a presença da Sheila foi e é importante no sentido de impulsionar ações até então idealizadas e viabilizar uma exteriorização das referências construídas até então pelo “projeto-pesquisa” (http://simpatiafulltime-pesquisadelinguagem.blogspot.com) através de ações. Para a Cândida a presença da Sheila foi fundamental no sentido de mostrar a ela que o processo criativo não precisa ser sofrido.
- Até então de certa forma não assumimos nas ações e no próprio processo do SFT a gravidez da Sté: uma questão para lá de feminina. O corpo, a temporalidade, as percepções e as questões da Sté estão diferenciados e suas peculiaridades precisam ser assumidas.
-“É preciso traduzir energias em processo. O bloqueio dessas energias pode ser traumático”. “É importante usar tudo isto como material artístico”.

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